As informações são do jornal O Globo.
O principal objetivo da reforma da Previdência de Temer é aumentar a idade de aposentadoria dos trabalhadores brasileiros, assim como pretendia a presidente afastada, Dilma Rousseff (PT).
Além disso, o Palácio do Planalto quer acabar com a diferença entre as aposentadorias de trabalhadores e trabalhadoras. Atualmente, apesar do ataque representado pelo fator previdenciário, não existe idade mínima para conseguir o benefício por tempo de contribuição, que é de 35 anos para os homens e de 30 anos para as mulheres.
Nesta terça-feira (28), o governo Temer deve ser reunir com as centrais Força Sindical, UGT (União Geral dos Trabalhadores) e CSB (Central dos Sindicatos Brasileiros), que já demonstraram não querer impor dificuldades à aprovação das mudanças de regras na Previdência. A principal exigência que fazem é a adoção de uma "regra de transição", que pouparia quem está prestes a se aposentar.
A CUT, embora não discuta a reforma com a equipe de Temer, participou do fórum criado pelo governo Dilma, no início do ano, para debater o tema.
A CSP-Conlutas, central a qual a Admap é filiada, não participa de nenhum fórum para negociar a reforma previdenciária. Esses órgãos só servem para legitimar os ataques contra os direitos dos trabalhadores.
Manifestação dia 30
Na próxima quinta-feira (30), os aposentados e pensionistas fazem uma manifestação contra a reforma da Previdência na sede da Superintendência do INSS em São Paulo. O protesto, que deverá reunir pessoas de várias cidades do estado, também exigirá a recriação do Ministério da Previdência, extinto por Dilma e Temer.
A Admap está oferecendo transporte aos aposentados e pensionistas que queiram participar da manifestação. Para participar, basta se inscrever na sede ou subsedes da Associação. A saída dos ônibus será às 6h30.
"A reforma da Previdência que o governo pretende propor é um crime contra os trabalhadores. Quem já se aposentou também precisa se mobilizar, pela questão de solidariedade de classe e pelo fato de que querem permitir aposentadorias e pensões abaixo do salário mínimo. Um escândalo! Precisamos ir à luta", disse o presidente da Admap, Lauro da Silva.