O Ministério do Planejamento confirmou na segunda-feira (30) que a estimativa para o piso nacional passou de R$ 969 para R$ 965 – o que equivale a um reajuste de míseros R$ 28 no atual valor de R$ 937.
A medida afeta diretamente milhões de brasileiros, entre trabalhadores da ativa, aposentados e pensionistas.
Em agosto, o Palácio do Planalto já havia tirado R$ 10 da proposta que, naquela ocasião, era de R$ 979.
O governo justifica o novo corte em razão das mudanças nos indicadores inflacionários.
O ataque de Temer também se estendeu aos servidores federais, que tiveram o reajuste salarial adiado apenas para 2019 e ainda sofrerão com a elevação da alíquota previdenciária de 11% para 14%.
Salário mínimo necessário
Segundo o Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos), o salário mínimo necessário deveria ser de R$ 3.668,55 em setembro.
O Dieese calcula o mínimo necessário mensalmente, levando em conta os gastos de uma família com alimentação, moradia, saúde, educação, vestuário, higiene, transporte, lazer e previdência.
A metodologia para fazer este cálculo leva em conta justamente o que está na lei e não é cumprido pelos nossos governantes. A Constituição Federal de 1988, no capítulo dos Direitos Sociais, define que o salário mínimo deve cobrir as necessidades vitais básicas do trabalhador e de sua família.
“Contra o arrocho no salário mínimo, a reforma da Previdência e esse governo corrupto, vamos à luta nos próximos dias 9 e 10 de novembro, em manifestações convocadas pela Cobap e pelas centrais sindicais brasileiras. Precisamos nos mexer”, disse o presidente da Admap, Lauro da Silva.
