Em carta enviada aos sindicatos, no sábado (11), o primeiro-ministro Edouard Philippe comunicou que o governo aceitou retirar "provisoriamente" a medida que previa aumentar em dois anos a idade mínima para a concessão de aposentadoria integral.
Atualmente, o trabalhador francês se aposenta aos 62 anos e o governo queria elevar essa idade para 64 anos.
Apesar do recuo, centrais sindicais defendem a retirada completa da reforma, que motivou a realização dessa mobilização fortíssima. A greve geral está desgastando o governo e já custou mais de 800 milhões de euros (R$ 3,64 bilhões) às empresas públicas de trens metropolitanos e ferrovias.
Entre outros aspectos, a reforma da Previdência propõe fundir os 42 regimes de pensões atuais, organizados por profissões, e o estabelecimento de um novo sistema de cálculo.
"A luta dos trabalhadores franceses serve de exemplo para nós, brasileiros. Só com luta podemos fazer frente às inúmeras investidas contra os nossos direitos", afirmou o diretor da Admap Adilson dos Santos, o Índio.