De norte a sul do país, diversas categorias cruzaram os braços e protestaram na segunda paralisação nacional realizada no país desde a década de 1990.
A CSP-Conlutas, central sindical a qual a Admap é filiada, jogou peso nas atividades da Greve Geral. No Vale do Paraíba, a mobilização foi forte, com paralisações na General Motors, Prolind, Hitachi, Parker Filtros, Heatcraft, Ericsson e Sun Tech (em São José dos Campos), Avibras, Parker Hannifin, Armco e Deca (em Jacareí).
Também pararam as indústrias químicas Monsanto (São José), Basf (Jacareí) e IFF (Taubaté). Na Revap, os petroleiros que entrariam às 23h de quinta-feira e às 7h desta sexta aderiram à greve. Os trabalhadores da construção civil que atuam na refinaria também participaram das mobilizações.
Entre os bancários, todas as agências da região central de São José dos Campos foram paradas.
Repressão
Os condutores enfrentaram forte repressão, ainda nas garagens. A Guarda Municipal agiu com truculência para forçar a saída dos ônibus da empresa Maringá, na Zona Sul de São José dos Campos. Dirigentes sindicais foram agredidos com cassetetes e gás de pimenta. Mesmo assim, houve paralisações pela manhã.
Na Embraer, também houve tensão durante uma manifestação na entrada do primeiro turno. A Polícia Militar chegou a agredir o ex-presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos Toninho Ferreira.
Atos em São José e Jacareí
As ruas centrais de São José dos Campos foram palco de uma grande manifestação contra o governo Temer e suas reformas. A mobilização contou com a participação da Admap.
O ato começou na Praça Afonso Pena, por volta das 10h, e seguiu em passeata pela Rua 15 de Novembro e Avenida Madre Paula de São José, terminando por volta das 12h15 em frente ao INSS, na Avenida João Guilhermino. A escolha do ponto final não foi por acaso. A reforma previdenciária vai atingir em cheio o INSS e a aposentadoria de todos os trabalhadores.
Em Jacareí, os condutores da viação JTU conduziram os carros em marcha lenta pelo centro da cidade. A manifestação também contou com a participação de servidores públicos da Prefeitura, trabalhadores do serviço de água e esgoto, da alimentação, químicos, vidreiros, papeleiros e aposentados.
Durante duas horas eles percorreram as ruas da cidade com carro de som, faixas e cartazes que denunciavam a corrupção no governo Temer e os deputados federais da região Eduardo Cury (PSDB) e Pollyana Gama (PPS), que votaram a favor da reforma trabalhista e defendem a reforma da Previdência.
“Os aposentados e pensionistas estão com os trabalhadores da ativa para exigir o fim das reformas que retiram direitos e a saída de Temer e desse Congresso corrupto. Vamos continuar a batalha em defesa da Previdência pública e dos direitos trabalhistas”, disse o presidente da Admap, Lauro da Silva.