Mobilização

Jornada de lutas tem protestos nas fábricas e no centro de São José

Jornada de lutas tem protestos nas fábricas e no centro de São José
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Convocada nacionalmente para ser um contraponto ao ajuste fiscal e aos ataques do governo Dilma, a Jornada de Lutas em Defesa dos Trabalhadores foi iniciada na madrugada desta terça-feira, dia 7, com protestos nas maiores empresas da região, General Motors e Embraer. Na Chery, os trabalhadores em greve também reafirmaram a rejeição à terceirização irregular praticada na fábrica.

O Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos e Região, filiado à CSP-Conlutas, conduziu assembleias na entrada do primeiro turno nas duas empresas. Na Embraer, a mobilização foi na unidade Eugênio de Melo.

Em votação, os metalúrgicos rejeitaram o projeto de lei 4330, matéria em pauta no Congresso que libera a terceirização de modo indiscriminado nas empresas, inclusive em suas atividades principais. Na prática, o avanço da terceirização vai significar salários mais baixos e menos direitos aos trabalhadores.

Além disso, dirigentes do Sindicato discursaram contra o ajuste fiscal promovido pelo governo Dilma, com aumento de impostos, redução nos investimentos públicos e cortes nos direitos - exemplificados pela edição das medidas provisórias 664 e 665, que reduzem o acesso de milhões de brasileiros ao seguro-desemprego, PIS, auxílio-doença e à pensão por morte.

Na Chery, onde os metalúrgicos estão em greve desde segunda-feira, o PL 4330  também foi pauta de discussão. Lá, a empresa pratica terceirização irregular nos setores de logística e manuseio. Uma das nossas reivindicações é que os trabalhadores desses setores sejam incorporados à fábrica. A greve na Chery continua até que a empresa apresente uma nova proposta para assinatura da Convenção Coletiva da categoria.

Na Parker Filtros, em São José dos Campos, os operários também rejeitaram a terceirização, nesta quarta-feira, dia 8.

Ato no centro
Dando continuidade aos protestos, a CSP-Conlutas do Vale do Paraíba realizou um ato, nesta terça-feira, em frente à Caixa Econômica Federal, no centro de São José dos Campos.

A manifestação contou com a presença de diversas entidades sindicais, partidos políticos e movimentos sociais. A Admap também participou, levando às ruas as reivindicações dos aposentados, como aumento real dos benefícios, recuperação das perdas frente ao salário mínimo e fim do fator previdenciário.

Um dos focos centrais do ato foi contra o projeto de lei 4330, que acaba com os limites legais à terceirização de atividades dentro das empresas públicas e privadas. O chamado PL da Terceirização deve ir à votação nesta quarta-feira, dia 8, na Câmara dos Deputados e, se for aprovado, representará redução de direitos trabalhistas.

Os manifestantes também distribuíram panfletos e coletaram assinaturas contra as medidas provisórias 664 e 665, que dificultam o acesso de milhões de brasileiros ao seguro-desemprego, PIS e pensões.

Também estiveram na mira dos manifestantes a ameaça de privatização de empresas públicas, como Petrobras, Correios e Caixa Econômica Federal, e o ajuste fiscal promovido pela presidente Dilma.

Saiba mais
Convocada pela CSP-Conlutas e outras organizações, a Jornada de Lutas em Defesa dos Trabalhadores acontece nos dias 7, 8 e 9, em diversos estados. As mobilizações buscam se diferenciar dos protestos convocados pela oposição de direita, que atacam o governo da presidente Dilma mas não defendem os interesses da classe trabalhadora.

"A Jornada de Lutas é um primeiro passo. Precisamos convencer outras centrais sindicais e os trabalhadores por elas representados de que é preciso avançar nas mobilizações, rumo à construção de uma greve geral no país pelos direitos da nossa classe", disse o secretário-geral do Sindicato e membro da Secretaria Executiva Nacional da CSP-Conlutas, Luiz Carlos Prates, o Mancha.

Com informações do Sindmetalsjc