O tucano Fernando Capez é um grande aliado do governador Geraldo Alckmin, também do PSDB.
Conforme o jornal Folha de S. Paulo apurou, Marcel prestou depoimento na sexta (1º) e no sábado (2) e relatou ter tratado dos pagamentos com dois ex-assessores de Capez, Jéter Rodrigues e Merivaldo dos Santos, além de Luiz Carlos Gutierrez, o Licá, ainda auxiliar do tucano e muito próximo dele.
Os servidores disseram a Marcel, segundo a delação, que a propina era destinada para fins eleitorais. O contato entre o lobista da Coaf (Cooperativa Orgânica Agrícola Familiar) e a equipe do tucano aconteceu na época das eleições de 2014, quando Capez foi o deputado estadual mais votado do Estado.
O depoimento de Marcel, filho do ex-presidente da Assembleia Leonel Julio -também investigado pela Operação Alba Branca-, era o mais esperado pelas autoridades, pois ele é visto como o elo entre a cooperativa e os servidores públicos e políticos.
Marcel se apresentou à Polícia Civil na quinta-feira (31), depois de ficar foragido desde 19 de janeiro, quando teve prisão temporária decretada. Foi solto na segunda (4), após os investigadores considerarem que ele prestou os esclarecimentos necessários.
A investigação está sob responsabilidade da Procuradoria-Geral de Justiça devido ao foro especial de Capez. A relatoria do caso no Tribunal de Justiça está a cargo do desembargador Sérgio Rui.
Marcel deve apontar aos procuradores o caminho do dinheiro pago pela Coaf, que seria relativo a um contrato com a Secretaria da Educação do governo Geraldo Alckmin (PSDB) para o fornecimento de R$ 8,5 milhões em suco de laranja.
Além de Capez e seus assessores, são investigados no caso dois servidores do governo paulista ligados ao PSDB: Fernando Padula, ex-chefe de gabinete da Educação (hoje, oficial administrativo na mesma pasta), e Luiz Roberto dos Santos, o Moita, ex-chefe de gabinete da Casa Civil (hoje na CPTM).
Com informações do jornal Folha de S. Paulo