Dia Nacional de Lutas

Manifestação convoca população para lutar contra ataques de Temer

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Trabalhadores de diversas categorias, estudantes e aposentados somaram forças em um ato realizado na Praça Afonso Pena, região central de São José dos Campos, na sexta-feira (25).

O protesto foi parte do Dia Nacional de Lutas, que promoveu mobilizações em diversos estados e nas principais cidades do País. Em São José dos Campos, o ato convocou a população para lutar contra os ataques do governo de Michel Temer (PMDB).

A Admap, que já havia participado das atividades nas portas das fábricas na madrugada do dia 25, também marcou presença no protesto no centro de São José.

Enquanto o Congresso Nacional tenta acelerar a aprovação da PEC 55, que limita o investimento do governo nos serviços públicos por 20 anos, Temer já deixou claro que não medirá esforços para implementar as reformas trabalhista e da Previdência.

Ponta de lança na luta contra a PEC 55, os estudantes também estiveram no ato. Um grupo de alunos da Escola Estadual Deputado Benedito Matarazzo, desocupada violentamente pela Polícia Militar na semana passada, pediram apoio às ocupações que ocorrem em escolas e universidades.

“Queremos nosso direito à educação e saúde. Pedimos o apoio às ocupações. Nós estudantes precisamos de vocês. A polícia nos retirou à força e o governo nos quer como fantoches. Estamos dando nossa cara a tapa na luta pela educação que é a base de tudo”, disse o estudante João Vitor.

Após concentração em frente à Câmara Municipal, os manifestantes saíram em passeata pela Rua 15 de Novembro. Com faixas, cartazes, bandeiras e um grande boneco representando o presidente Temer, a mobilização chamou a atenção daqueles que passavam pela rua.

Falando diretamente à população, o secretário-geral do Sindicato dos Metalúrgicos, Renato Almeida, alertou para a necessidade de união contra os ataques. “O que vem por aí não é fácil. Temos que intensificar a mobilização e realizar novos protestos. Precisamos de uma Greve Geral neste país, não há outra solução para nossa classe”, afirmou.

Combate à violência contra a mulher
A violência do machismo e a exploração da mulher trabalhadora também foram denunciadas na manifestação. O 25 de novembro é lembrado como o Dia Internacional de Combate à Violência contra a Mulher e, por isso, incorporado às reivindicações dos manifestantes.

“A cada 12 minutos uma mulher é estuprada no Brasil e a cada cinco, uma mulher é agredida. Além de exigir uma vida digna e condições iguais de salário, precisamos combater a naturalização da violência contra a mulher”, afirmou Janaína dos Reis, representante do Movimento Mulheres em Luta.