O evento ocorre, das 15h às 20h, na rua Felisbina Machado de Souza, 112, Jardim Colonial, e contará com a apresentação de grupos de samba, rap, dança, exposição fotográfica, vídeo, oficinas de arte e artesanato.
O tema da Marcha deste ano é “Aquilombar para reparar” e tem o objetivo de organizar a população negra e da periferia contra os ataques do governo.
“Temos que exigir a reparação, não apenas da questão histórica e racial, mas das medidas que atingem diretamente a juventude negra e da periferia, vítimas de genocídio e repressão policial”, disse Raquel de Paula, militante do PSTU e do Quilombo Raça e Classe.
Segundo levantamentos recentes, a cada 23 minutos, um jovem negro é assassinado no Brasil. Por ano, são 23 mil mortos. Além disso, A taxa de homicídios de jovens negros é quatro vezes maior que a referente a brancos na mesma faixa etária.
Racismo nos divide
“A luta contra o racismo é de toda a classe trabalhadora. Nosso dever é lutar contra todas as formas de opressão”, afirma Isabel Orioli, diretora do Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos e Região.
Como disse o ativista norte-americano Malcom X, “não há capitalismo sem racismo”. Isso significa que os patrões usam o racismo para acentuar a exploração contra a nossa classe, por meio dessa divisão.
Data homenageia Zumbi dos Palmares
O Dia da Consciência Negra lembra a data da morte de Zumbi, maior símbolo de resistência dos negros escravizados no Brasil.
Zumbi foi assassinado em 1695 por ter liderado o Quilombo dos Palmares, uma comunidade livre formada por escravos fugitivos das fazendas na região da Serra da Barriga (Alagoas).
Na década de 1990, o movimento negro passou a celebrar o dia 20 de novembro como principal data na luta da população negra no país.