A manifestação foi convocada por cerca de 40 organizações, entre elas a CSP-Conlutas, Cobap, movimentos sociais, populares e estudantis, além de partidos como o PSTU, PCB e correntes do PSOL.
A Marcha reuniu o funcionalismo público em greve (principal setor afetado pelo novo pacote anunciado pelo governo Dilma no início da semana), trabalhadores dos Correios (que também estão iniciando uma paralisação em todo o país), além metalúrgicos, químicos, operários da construção civil, estudantes e trabalhadores sem-teto.
A Admap participou ativamente do protesto, com uma delegação de aposentados e pensionistas que lotou dois ônibus. “Esta é a verdadeira Marcha dos Trabalhadores, diferente daquelas manifestações dirigidas pela direita que não defendem nenhuma palavra de ordem da nossa classe ou dos protestos que apenas servem de escudo para o governo do PT”, discursou o diretor da Admap Josias de Oliveira Mello no carro de som.
“O Brasil está sendo governado por uma quadrilha que está massacrando os aposentados e trabalhadores. Por isso, precisamos construir nossa alternativa”, continuou.
A Marcha
A concentração do protesto começou por volta das 15h no vão do MASP. Em pouco tempo, milhares de manifestantes de várias partes do país se reuniam para dizer chega desse governo, desse Congresso Nacional corrupto e do PSDB. Bonecos gigantes com sátiras a Dilma, Aécio e Eduardo Cunha [presidente da Câmara] chamaram a atenção dos presentes.
Às 18 horas, a Marcha foi toda para a Avenida Paulista, rumo à Praça da República. A mega passeata seguiu com faixas, balões infláveis, cartazes e muitos gritos de guerra contra o ajuste fiscal e os ataques aos trabalhadores. Em seguida, os manifestantes entraram na Rua da Consolação e na Avenida Ipiranga. Por volta das 20h, depois de percorrer quase quatro quilômetros, a multidão chegou na Praça da República, onde houve nova rodada de discursos.
"Esta Marcha, que reúne milhares de trabalhadores de norte a sul do país, já é uma grande vitória. Mas é só o começo. Com várias greves se espalhando pelo país, começamos agora a construir uma alternativa política ao governo e à oposição de direita. Não acreditamos no PT, nem na ladainha do PMDB e PSDB. Nas ruas, vos derrubar o governo e construir nossa alternativa”, discursou Luiz Carlos Prates, o Mancha, da Secretaria Executiva Nacional da CSP-Conlutas.
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Encontro de Lutadores
Neste sábado (19), acontece o Encontro Nacional de Lutadores e Lutadoras, na sede do Sindicato dos Metroviários de São Paulo. A proposta é definir a continuidade das mobilizações.
