Na pauta de reivindicações estão a recomposição de honorários, fim da intervenção das operadoras na autonomia médica e readequação da rede credenciada.
"As empresas de planos de saúde trabalham com uma rede credenciada muito enxuta. Isso reduz os custos, mas dificulta o acesso dos beneficiários", diz Florisval Meinão, presidente da APM (Associação Paulista de Medicina).
Segundo ele, o objetivo da paralisação de segunda é "chamar a atenção da população para todos os problemas da saúde". "Nosso objetivo não é prejudicar o paciente", diz Meinão.
Desta vez, a categoria reclama ainda do subfinanciamento do SUS (Sistema Único de Saúde) e pede por uma criação de carreira pública para o médico e pela desprecarização do trabalho da classe.
Em alguns estados, como em São Paulo, também paralisam os atendimentos profissionais como fisioterapeutas, terapeutas ocupacionais e cirurgiões-dentistas.
"A odontologia também sofre ação dos convênios. Eles estão avançando em nossa área, o que tem gerado um desconforto aos dentistas", diz Silvio Cecchetto, presidente da Associação Brasileira de Cirurgiões-Dentistas.
Fonte: Folha de S. Paulo