Dia de luta

Metalúrgicos de seis fábricas protestam contra governo Dilma

Notícias

Os metalúrgicos da região de São José dos Campos deixaram seu recado para a presidente Dilma Rousseff, nesta sexta-feira (6), Dia de Lutas e Paralisações: não vamos pagar pela crise criada pelo governo e pelos patrões. Em seis fábricas, houve protestos contra todos os ataques que estão sendo realizados aos direitos dos trabalhadores. As manifestações se espalharam em diversas cidades do país.

No primeiro turno da GM, houve atraso de 40 minutos na produção, com exigência de revogação imediata das medidas provisórias 664 e 665, que restringem o acesso ao seguro-desemprego, pensão, PIS e auxílio doença. Estas medidas estiveram no centro de todas as mobilizações.

“De nada adianta remendar essas MPs, como as centrais sindicais pelegas estão propondo. É preciso derrubar as medidas na íntegra, já que elas trazem apenas prejuízo aos direitos dos trabalhadores”, disse o presidente do Sindicato, Antônio Ferreira de Barros, o Macapá.

Em Jacareí, três fábricas participaram das mobilizações: Acteco, Schrader e Volex. Na Acteco, fábrica de motores da Chery, cerca de 70 trabalhadores decidiram realizar uma paralisação de 24 horas, já que a empresa não fechou acordo da Campanha Salarial do ano passado.

Nas fábricas em que as trabalhadoras são maioria, o dia também foi de mobilização pelo Dia Internacional da Mulher. Na Sun Tech, zona leste de São José dos Campos, Blue Tech, em Caçapava, e Volex, em Jacareí, houve atraso de uma hora no início da produção.

Na Praça Afonso Pena, os aposentados e pensionistas ligados à Admap continuaram, ao longo do dia, a coleta de assinaturas pela revogação das medidas provisórias do governo. Às 11 horas, um ato marcou o Dia Internacional das Mulheres.

Paralisações em outras regiões
A CSP-Conlutas convocou esse dia de luta contras as medidas do governo federal que atacam os trabalhadores, retirando direitos trabalhistas e previdenciários, e contra as demissões que vem ocorrendo nas empresas.

No período da manhã, aconteceram mobilizações dos trabalhadores e estudantes da USP, em São Paulo, trabalhadores da construção civil de Belém e Fortaleza, petroleiros de Aracaju e têxteis de Fortaleza.