Nesta sexta (4), o tucano anunciou que vai suspender o plano de fechamento de salas de aulas e escolas no estado. Além disso, Alckmin demitiu o secretário de Educação, Herman Voorwald.
O recuo do governador ocorre em meio a uma onda de manifestações contra a medida – com ocupação de escolas, apoio de sindicatos e entidades da sociedade civil e questionamentos do Ministério Público e da Justiça.
O desgaste do chefe do Poder Executivo paulista com episódio pode ser medido pela queda de sua popularidade, que atingiu o seu pior nível, segundo o instituto Datafolha. A pesquisa também indicou o apoio da população às mobilizações contra o fechamento das escolas.
Parte do movimento ainda vê com desconfiança a atitude de Alckmin. Por isso, a mobilização pode continuar para que o projeto seja enterrado de uma vez por todas.
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O plano de reorganização das escolas, publicado em decreto, estabelece que 754 escolas passem a ter apenas um ciclo de ensino em 2016 (anos iniciais, finais do fundamental ou o médio).
A medida resultaria em superlotação de salas e, em muitos casos, maior desgaste a pais e professores, que teriam de percorrer maior distância para ir à escola.
Para a aplicação desse plano, além de 92 escolas fechadas, 311 mil alunos seriam remanejados – entre os 3,8 milhões de estudantes da rede.