Essa reforma permite, entre outros ataques, a celebração de acordos inferiores à própria CLT (Consolidação das Leis do Trabalho). Também dificulta o acesso do trabalhador à justiça do trabalho.
Na lógica do círculo presidencial, fazer avançar as mudanças na legislação trabalhista pode ajudar Temer a se manter no cargo, pelo apoio de banqueiros e grandes empresários a essas propostas.
Estratégias
De acordo com os jornais, o Palácio do Planalto pretende atropelar os protestos da oposição contra o projeto na sessão da CAE (Comissão de Assuntos Econômicos) nesta terça-feira (30) e tentar levar o texto ao plenário ainda nesta semana.
Uma das estratégias para dar velocidade à votação seria um acordo de líderes para que seja votado um requerimento de urgência, o que poderia viabilizar a aprovação do projeto neste prazo.
Mobilização
Após a marcha Ocupe Brasília, que reuniu 150 mil trabalhadores na capital federal, na semana passada, as centrais sindicais discutem a realização de uma nova Greve Geral contra Temer e suas reformas.
Na reunião realizada nesta segunda-feira (29), as centrais discutiram a realização de uma nova paralisação nacional no final de junho.
A CSP-Conlutas, entidade a qual a Admap é filiada, defende uma Greve Geral de 48 horas para retirar definitivamente as reformas trabalhista e da Previdência do Congresso Nacional e o presidente Temer e todos os corruptos de Brasília.