O protesto, realizado em Atenas, reuniu milhares de idosos contra a redução de até 50% do valor das aposentadorias.
Em 10 anos, a lei da Previdência na Grécia já sofreu quatro mudanças e os sucessivos cortes produziram efeitos dramáticos para a população. Metade dos pensionistas recebe uma remuneração abaixo do nível da pobreza. Estima-se que a maior parte das aposentadorias pagas já vale até 55% a menos.
História se repete no Brasil
No Brasil, com as reformas trabalhista e da Previdência, o presidente Michel Temer (PMDB) quer aplicar a mesma receita que trouxe pobreza aos gregos.
Além da imposição da idade mínima de 65 anos para a aposentadoria, a reforma da Previdência de Temer já iniciou os cortes nos auxílios-doença. Com isso, milhares de trabalhadores vão perder o benefício. A quantia economizada com os cortes irá diretamente para o pagamento da dívida pública, ou seja, para o cofre dos bancos.
Outro ataque a caminho é a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 241. A medida que estabelece um teto para os gastos públicos por 20 anos ataca, principalmente, os setores de saúde e educação.
Na Grécia e no Brasil, luta é o caminho
Precisamos seguir o exemplo dos gregos: somente com mobilização nas ruas será possível defender nossos direitos. Por aqui, os atos contra as reformas trabalhista e da Previdência já começaram em todo o país, mas é preciso aumentar a temperatura dos protestos, uma vez que as mudanças nas leis poderão ser votadas ainda este ano.
É preciso construir uma greve geral, que una trabalhadores, aposentados e pensionistas de todo o país, para derrotar as propostas que retiram direitos históricos da classe trabalhadora brasileira.
Fonte: www.sindmetalsjc.org.br