Ataques aos direitos

Na Presidência, Temer quer desvincular benefícios do salário mínimo

Na Presidência, Temer quer desvincular benefícios do salário mínimo
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Enquanto faz negociatas em busca de apoio a sua gestão após o provável impeachment da presidente Dilma (PT), o vice Michel Temer (PMDB) e seus aliados divulgam propostas que representam graves ataques aos trabalhadores da ativa, aposentados e pensionistas.

Segundo informações divulgadas na imprensa, Temer e o seu entorno vão insistir na proposta de desvincular benefícios – incluindo os da Previdência – dos reajustes concedidos ao salário mínimo.

Com a medida, os benefícios de aposentados e pensionistas poderiam ser inferiores ao próprio salário mínimo, que hoje é de R$ 880.

Já há alguns anos os benefícios superiores a um salário mínimo recebem apenas a correção da inflação, sem aumento real, o que tem provocado perdas que superam 84% desde 1994.

A ideia de Temer é acabar também com as vinculações constitucionais, como os gastos obrigatórios com saúde e educação, que, segundo os apoiadores do atual vice, “engessam o Orçamento federal”.

“Além de atacar aposentadorias e pensões dos mais pobres, o provável governo do PMDB quer limitar ainda mais os gastos com saúde e educação, em prejuízo da população brasileira, que já sofre atualmente com a falta de atendimento médico, creches e escolas. Isso nós não podemos tolerar. Precisamos tomar as ruas”, afirmou o presidente da Admap, Lauro da Silva.

Estão na agenda de Temer também as reformas trabalhista e da Previdência, que representarão mais golpes contra os nossos direitos, como imposição de idade mínima para aposentadoria, redução do valor das pensões por morte e liberação de acordos entre patrões e empregados abaixo das leis.

Para aprovar essas medidas “impopulares”, Temer contará com o apoio dos presidentes da Câmara, Eduardo Cunha, e do Senado, Renan Calheiros, ambos do PMDB.

Fora todos
Não é possível trocar “seis por meia dúzia”. Se o governo Dilma (PT) não representa os interesses da classe trabalhadora, uma gestão Temer deverá favorecer ainda mais os grandes empresários e banqueiros, em detrimento aos nossos direitos. Por isso, é preciso exigir “Fora todos” e a convocação de eleições gerais, já!

“Precisamos dizer fora Dilma, fora Temer, fora Cunha e fora oposição de direita, que quer manter e ampliar o ajuste fiscal, a redução de direitos e os cortes nos serviços públicos”, acrescentou Lauro.

No próximo domingo, 1º de Maio, Dia Internacional dos Trabalhadores, a Avenida Paulista será palco de um protesto pelo “Fora todos” e eleições gerais.

A Admap está convocando os aposentados e pensionistas da região a participar da caravana para o protesto. As inscrições podem ser feitas na sede da entidade, em São José dos Campos, ou na subsedes de Jacareí e Caçapava.