A data, convocada pelas centrais sindicais CSP-Conlutas, CUT, CTB, Nova Central, UGT e Intersindical, tem objetivo de se contrapor aos ataques aos direitos promovidos pelo governo Dilma e o Congresso Nacional, como o projeto de lei que amplia as terceirizações e as medidas provisórias 664 e 665 — que dificultam o acesso de milhões de brasileiros a uma série de direitos, como pensões, auxílio-doença, PIS e seguro-desemprego.
A medida provisória 664, por exemplo, ataca o direito à pensão por morte, com o estabelecimento de carências e o fim do benefício para a vida inteira (dependendo da idade da esposa ou marido).
Os aposentados também têm muito o que protestar. Ano após ano, o governo federal tem arrochado o valor dos benefícios, com a concessão de reajustes inferiores aos do salário mínimo. Desde 1994, essa disparidade soma 84%. Nos últimos dois anos, os reajustes dos beneficiários que recebem acima do piso previdenciário foram menores até mesmo do que a inflação oficial do país.
"Com o 29 de maio, queremos dizer que não vamos pagar o preço de uma crise criada pelos capitalistas e governos. Em São José dos Campos, devemos nos incorporar aos atos unificados que deverão ser realizados pelos sindicatos da região. A unidade entre aposentados, pensionistas e trabalhadores da ativa é fundamental para derrotarmos todos estes ataques”, afirmou o presidente da Admap, Lauro da Silva.
“O governo anunciou corte de R$ 69 bilhões no orçamento. De onde vocês acham que ele vai tirar dinheiro? É dos trabalhadores, das áreas sociais, dos mais pobres. Por isso, precisamos organizar os trabalhadores e dar a resposta à altura. Parar tudo no dia 29, rumo à greve geral”, disse Paula Pascarelli, da CSP-Conlutas São Paulo.