Emenda à MP do PPE

No embalo da redução salarial, patrões e deputados atacam direitos trabalhistas

No embalo da redução salarial, patrões e deputados atacam direitos trabalhistas
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O que era ruim pode ficar ainda pior. Patrões e deputados querem aproveitar a MP (Medida Provisória) 680, que autoriza acordos de redução salarial através do PPE (Programa de Proteção ao Emprego), para acabar com direitos trabalhistas, como férias, 13º e FGTS.

Foi incluída uma emenda na MP que diz que o negociado entre sindicatos e empresas poderá prevalecer sobre a legislação.

Na prática, é uma reforma trabalhista para acabar com os direitos trabalhistas. A proposta é semelhante ao ACE (Acordo Coletivo Especial), anteprojeto de lei vergonhosamente apresentado pelo Sindicato dos Metalúrgicos do ABC (filiado à CUT), mas que foi barrado pela mobilização dos trabalhadores em 2013.

Retirada de direitos
Se a proposta for aprovada, haverá permissão para que sindicatos pelegos e patrões fechem acordos com cláusulas inferiores à própria lei. Ou seja, além de reduzir salários e não garantir empregos, o PPE ainda colocará em risco outros direitos.

A MP agora segue para votação no plenário da Câmara.

“Patrões e deputados não perdem uma chance para atacar nossos direitos. Com nossa luta, já barramos o ACE e vamos barrar mais este ataque”, afirma o diretor do Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos e Região, Emerson de Lima, o Binho.

Saiba mais
A atual legislação impede que sindicatos e empresas fechem acordos com direitos inferiores aos da CLT (Consolidação das Leis Trabalhistas). Veja o que a aprovação da proposta pode liberar:

- Divisão das férias em mais de dois períodos
- Divisão do 13º salário em parcelas mensais
- Fim da multa do FGTS
- Fim do adicional de 1/3 das férias
- Contratação temporária e terceirização sem limite
- Hora extra no mesmo valor da hora normal

Fonte: www.sindmetalsjc.org.br