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Pedágios sobem até 8,57% nas rodovias de São Paulo

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Quem dirige pelas estradas do estado de São Paulo sabe o assalto que é passar pelas praças de pedágio antes de chegar ao seu destino. Acontece que, a partir desta terça-feira (1), os motoristas vão ter de encarar tarifas até 8,57% mais caras.

O governo tucano, responsável pela escandalosa cobrança de pedágios no estado, informou que o aumento médio seria de 5,29% nas 144 praças operadas pelas 19 concessionárias.

O pedágio das rodovias Carvalho Pinto (SP-70) e Dom Pedro I (SP-65), no Vale do Paraíba e região bragantina, respectivamente, será reajustado em até 8% a partir de terça-feira (1º).

Na Carvalho Pinto, a tarifa passará de R$ 2,50 para R$ 2,70 na praça de São José dos Campos e de R$ 2 para R$ 2,10 na cobrança feita em Caçapava. Considerando a cobrança em Itaquaquecetuba, que passa de R$ 2,70 para R$ 2,90, e em Guararema, de R$ 2,60 para R$ 2,70, a viagem de ida entre Taubaté e São Paulo vai custar R$ 10,40.

Na Dom Pedro (SP-65), a cobrança em Igaratá passará de R$ 6,80 para R$ 7,20; em Atibaia passará de R$ 5,40 para R$ 5,70. A cobrança feita na praça de Itatiba passará de R$ 6,60 para R$ 7. Dessa forma, a viagem de Jacareí a Campinas, por esta rodovia, passará de R$ 37,60 para R$ 39,80 - considerando a ida e a volta.

CPI do pedágio
A Assembleia Legislativa de São Paulo abriu uma CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) para apurar as altas tarifas de pedágio cobradas nas rodovias paulistas.

Parlamentares chegaram a apresentar um requerimento solicitando que o governador Geraldo Alckmin (PSDB) congelasse as tarifas até o fim das investigações, mas a bancada governista rejeitou o pedido.

O requerimento se fundamentava em auditoria realizada em 2011 pela Fipe (Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas), que constatou erro na metodologia utilizada para a realização dos aditivos que prorrogaram o prazo de vigência dos contratos de concessão em 2006. Essas prorrogações permitiram que as concessionárias obtivessem lucro indevido de cerca de R$ 2 bilhões. O erro, inclusive, já foi reconhecido pelo próprio Alckmin.

Em 2013, o governo cancelou o reajuste depois das manifestações de junho, mas, mesmo com o congelamento das tarifas de pedágio, as concessionárias arrecadaram R$ 800 milhões a mais do que em 2012. De acordo com dados da ABCR (Associação Brasileira de Concessionárias de Rodovias), as concessionárias arrecadaram, somente com pedágios, R$ 8,2 bilhões no ano passado. Em 2012, as empresas faturaram R$ 7,4 bilhões.

Agora, as concessionárias afirmam que o aumento médio de 5,29% ainda é pouco. Já pensou?

Confira todos os reajustes: