Uma das iniciativas discutidas nos corredores do poder diz respeito à Previdência Social e propõe restringir o acesso às pensões por morte, benefício garantido aos dependentes do segurado falecido.
Membros do governo pensam em limitar ou acabar com as pensões concedidas a mulheres mais jovens ou que estejam trabalhando.
Para a Admap, é inaceitável que o governo venha atacar esse direito. "Somos totalmente contra mexerem e atacarem o beneficio da pensão por morte. Se aprovada, essa medida vai prejudicar principalmente as mulheres, que, quando perdem o marido, carregam sozinhas o peso de garantir o sustento aos filhos", disse a diretora da Admap Zélia Alcântara.
Pesquisa encomendada pela CNI (Confederação Nacional da Indústria) e divulgada pelos jornais esta semana revela que a maioria dos brasileiros não apoia mudanças nas regras de concessão de pensão por morte.
Não devemos duvidar de que o governo venha atacar a Previdência, pois, passados poucos dias do resultado das urnas, a presidente reeleita já mostrou a que veio, tomando uma série de medidas contra os trabalhadores: aumento da taxas de juros, reajuste da gasolina e estudo para um profundo corte no orçamento. Tudo isso com a inflação em alta e dados que indicam que o combate à miséria deu um passo atrás no último período.
"Com o segundo mandato de Dilma, precisamos ficar preparados para ir às ruas, junto com a classe trabalhadora organizada, defender nossos direitos históricos. Não podemos dar trégua a um governo que continua olhando, em primeiro lugar, aos banqueiros e grandes empresários", disse o presidente da Admap, Lauro da Silva.