Os números mostram que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) tem o maior índice de rejeição: 55% dos entrevistados afirmam que não votariam nele "de jeito nenhum". Logo em seguida, e em situação de empate de técnico neste quesito, estão o senador José Serra (PSDB), 54%, o governador Geraldo Alckmin (PSDB), 52%, e o ex-ministro Ciro Gomes (PDT), também com 52%.
A ex-ministra Marina Silva (Rede), que chegou a liderar a disputa de 2014 no primeiro turno, aparece com 50%. Não votariam no senador Aécio Neves (PSDB) em nenhuma hipótese 47% dos entrevistados.
Se comparados com levantamentos anteriores do Ibope, Lula, Serra, Marina e Aécio perderam popularidade. Os que dizem que não votariam no ex-presidente Lula, que já teve seu nome lançado para disputar as eleições de 2018, saltaram de 33% em maio de 2014 para 55%.
Marina, que conseguiu fundar seu próprio partido, mas submergiu no debate nacional, foi de 31% para 50% de rejeição em um ano, Aécio de 42% para 47% e Serra de 53% para 54%. Não há comparativo para Alckmin e Ciro.
Alternativa da classe trabalhadora
A elevada rejeição aos principais nomes da política brasileira – incluindo, neste caso, a própria presidente Dilma, que continua ameaçada pela abertura de um processo de impeachment – mostra a necessidade de os trabalhadores construírem a sua própria alternativa de classe, contra o ajuste fiscal, a inflação, o corte nos serviços públicos e os ataques a direitos históricos.
“Todos os nomes rejeitados pela população defendem a mesma política que ataca direitos dos trabalhadores. Nenhum deles, por exemplo, se manifestou contra a reforma da Previdência que está sendo preparada pelo governo Dilma, que quer dificultar ainda mais o acesso à aposentadoria. Por isso, toda essa desilusão que precisa se transformar em mobilização”, disse o diretor da Admap Josias de Oliveira Mello.