Embora o custo do petróleo esteja em baixa desde o segundo semestre do ano passado, essa seria – segundo o jornal – uma forma de ajudar a empresa a reequilibrar suas finanças, que foram abaladas, entre outros fatores, pelo escândalo da Operação Lava-Jato.
“Existe uma pressão nesse sentido (de aumentar os combustíveis)”, disse ao Globo uma fonte de dentro do governo Dilma Rousseff (PT).
Em setembro, a Petrobras reajustou os preços de venda da gasolina em 6% e do diesel em 4% nas refinarias. Os aumentos foram repassados aos consumidores, em muitos casos, em percentuais acima do reajuste na refinaria, pois muitos donos de postos de gasolina aproveitaram a ocasião para aumentar suas margens de lucro.
Um novo aumento nos combustíveis seria mais um golpe contra o bolso do trabalhador e do aposentado. Segundo a última estimativa do mercado financeiro, em pesquisa realizada pelo Banco Central, a inflação deve atingir 10,33% em 2015. O percentual, no entanto, tem aumentado a cada novo levantamento.
“Chega dessa história de nos empurrarem o custo de uma crise que não fomos nós quem criamos. Precisamos construir uma mobilização nacional, uma greve geral em todo o país, para mudar esta situação”, disse o diretor da Admap Josias de Oliveira Mello.