Segundo a reportagem, o contrato no valor de R$ 8,8 milhões foi assinado em abril mesmo após parecer de técnicos do INSS indicar que os programas de computador oferecidos pela RSX não terem utilidade para o órgão.
A exoneração foi acertada entre Alberto Beltrame e o ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha. Francisco Lopes era indicação do PSC, partido do líder do governo no Congresso, deputado André Moura (SE). Pelo acordo feito com o deputado, caberá ao PSC indicar o substituto de Francisco Lopes.
Contrato cancelado
Em seu último ato à frente do INSS, Francisco Lopes determinou o cancelamento do contrato. “O contrato com a empresa RSX Informática foi cancelado hoje por determinação do presidente do INSS, Francisco Lopes. O Instituto determinou abertura de diligências e procedimentos no sentido de esclarecer todos os fatos. A presidência do INSS informa ainda que prestará todos esclarecimentos necessários à opinião pública e aos órgãos de controle “, diz nota divulgada pelo órgão.
Principal responsável pela contratação da empresa, o presidente do INSS admitiu ter determinado a assinatura do negócio milionário sem sequer ter investigado se a RSX de fato existia.
Em entrevista ao Globo, o agora ex-chefe do INSS admitiu que houve falha na contratação. “As diligências deveriam ter sido feitas antes da contratação? Isso eu concordo. Eu conversei com os meninos (assessores do gabinete) e perguntei se eles fizeram diligência na empresa. Eles disseram que não foram, porque outros órgãos já haviam contratado a mesma empresa. Eu determinei (após a apuração de O Globo) uma diligência no contrato, e que eles peçam o currículo de todas as pessoas que vão trabalhar no nosso contrato, se elas têm vínculo com a empresa e qual a capacidade técnica deles”, disse Francisco Lopes.
A empresa que teve o contrato cancelado nesta manhã, a RSX Informática, nega que haja irregularidades e alega que possui uma “estrutura é modular” que “ pode ser ampliada ou reduzida, segundo a demanda de cada projeto”.
Fonte: Congresso em Foco