A manifestação foi promovida pela Cobap (Confederação Brasileira dos Aposentados, Pensionistas e Idoso), Fapesp (Federação dos Aposentados e Pensionistas do Estado de São Paulo), Conespi (Conselho das Entidades Sindicais de Piracicaba) e pelas duas associações da cidade. A Admap, que enviou uma delegação a Piracicaba, também participou do ato.
Com faixas e cartazes, os “cabeças brancas” fizeram uma passeata que percorreu as principais ruas do centro da cidade. Durante a caminhada, comerciantes, lojistas e a população local demonstraram apoio às reivindicações dos aposentados. Em alguns momentos, houve ‘buzinaço’ em apoio ao protesto.
A mobilização pediu a revogação das medidas provisórias 664 e 665, que limitam o acesso a direitos como a pensões, auxílio-doença, PIS e seguro-desemprego.
Em relação às pensões, o governo aplicou um duro golpe. Com a alteração na legislação, imposta por Dilma, o valor da pensão por morte será reduzido para 50% do valor da aposentadoria, acrescido de 10% para cada dependente, não podendo ultrapassar 100%. Quando os filhos completam 21 anos, os 10% equivalentes deixam de compor o valor da pensão. Além disso, a pensão deixa de ser vitalícia. Para cônjuges com idade inferior a 44 anos, o tempo de duração da pensão será escalonado – de 3 a 15 anos.
Durante o protesto, um grupo exibiu uma alegoria de uma pensionista sendo golpeada por Dilma com uma foice — uma alusão ao ataque à pensão por morte.
Além de pedir a extinção das medidas provisórias que reduzem direitos, os aposentados reivindicaram aumento real aos benefícios, recuperação das perdas frente ao salário mínimo, fim do fator previdenciário e fim da política de desoneração da folha — que tira dinheiro da Previdência para beneficiar os empresários.
“O protesto foi muito positivo. Conseguimos apresentar as nossas reivindicações e contamos com um expressivo apoio da população. O caminho é este, com certeza”, afirmou o presidente da Admap, Lauro da Silva, após o retorno da delegação a São José dos Campos.