15M

Protestos pela educação sacodem o país e preparam Greve Geral

Protestos pela educação sacodem o país e preparam Greve Geral
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A Greve Nacional da Educação foi um grande dia de luta em defesa da Educação Pública e contra os ataques de Bolsonaro em todo o país. Um verdadeiro “tsunami” formado por estudantes, professores, pais de alunos e trabalhadores das mais diversas categorias. Estima-se que cerca de 2 milhões de pessoas se manifestaram nos 26 estados e no Distrito Federal, com mobilizações em, pelo menos, 200 cidades.

As imagens não deixam dúvidas. As ruas de várias capitais, e mesmo cidades de pequeno e médio portes, foram ocupadas por multidões. Os números mais expressivos ocorreram em São Paulo, Belo Horizonte e Rio de Janeiro (em torno de 200 mil manifestantes em cada).

Em São José dos Campos, num ato que contou com a participação dos aposentados e pensionistas da Admap, mais de 5 mil pessoas tomaram as principais ruas do Centro.

Em Brasília, a Esplanada dos Ministérios virou um mar de gente. Em Belém (PA), Fortaleza (CE), Salvador (BA), Teresina (PI), Florianópolis (SC) e Porto Alegre (RS) também teve protestos.

As manifestações ocorreram ao longo de todo o dia, tendo iniciado ainda nas primeiras horas do dia. Greves e atos de rua mostraram a disposição de luta não somente do setor da educação, mas de outras categorias que reforçaram a mobilização. Além das bandeiras principais, contra o corte de 30% nas verbas da Educação e a reforma da Previdência, as ações incluíram o repúdio à perseguição e censura a educadores e rebaixamento do conteúdo pedagógico e outras reivindicações.

As mobilizações foram sendo encabeçadas principalmente por professores e estudantes de escolas públicas e privadas, docentes de universidades federais e estaduais, trabalhadores e técnicos administrativos de institutos. Mas a unidade em defesa da Educação também foi marca deste forte dia de luta, com outras categorias se incorporando às mobilizações, como metalúrgicos, petroleiros, o conjunto do funcionalismo público entre outros segmentos.

Rumo à Greve Geral
Muitos analistas chegam a comparar o ascenso que tomou as ruas neste #15M às manifestações de junho de 2013, quando a população ocupou as ruas de todo o país, colocando em xeque o sistema político, econômico e social brasileiro.

Faixas e cartazes nas mãos de estudantes e manifestantes em geral denunciavam os ataques do governo Bolsonaro, não só contra a Educação, mas como a reforma da Previdência, entre outros.

Mostrando seu desprezo pelos estudantes e trabalhadores, em visita aos EUA, Bolsonaro ofendeu os manifestantes, tentando diminuir a força dos protestos. Não conseguiu. Ao contrário, o tom das manifestações foi apontar a construção da Greve Geral para 14 de junho. A vitória deste dia de luta foi comemorada por todos e todas e nas falas de manifestantes a tarefa agora é não sair das ruas.