Coube ao ministro da Fazenda, Nelson Barbosa, explicar as novas medidas da chamada “reforma fiscal”, que será discutida pelo Congresso Nacional.
O plano inclui a renegociação das dívidas dos estados e a criação de mecanismos que afetarão trabalhadores dos setores público e privado em momentos de pouco crescimento da economia.
Entre as medidas, destacam-se a proibição do reajuste salarial e a demissão de servidores públicos, além do veto ao aumento real (acima da inflação) do salário mínimo.
Além desses ataques, o próprio governo, na apresentação em que divulgou detalhes da reforma fiscal, exemplifica gastos que poderiam sofrer redução: merenda escolar, fiscalização tributária e atendimento do INSS.
Em resumo, para evitar o estouro do orçamento, quem vai pagar são os trabalhadores. As medidas também devem afetar os aposentados e pensionistas que ganham o piso previdenciário, já que é vinculado ao salário mínimo.
O anúncio da reforma fiscal vem acompanhada por um novo corte nos gastos públicos, que, desde o início do ano, já soma R$ 44,6 bilhões. Em um momento em que a população sofre com o desemprego e a inflação crescente, o governo diminui investimentos em saúde, educação e outras áreas sociais.
1º de abril, dia de protesto
As recentes medidas do governo são mais uma razão para protestarmos na próxima sexta, dia 1º de abril. A manifestação, que será na Avenida Paulista, em São Paulo, vai exigir “Fora todos” e a convocação de eleições gerais no país.
“Não queremos nem Dilma, nem o PMDB, nem a oposição de direita, encabeçada pelo PSDB. Precisamos de outro tipo de governo, que seja a favor dos pobres, sem banqueiros e corruptos. Nas ruas e nas portas de fábrica, precisamos construir uma alternativa de verdade”, disse o presidente da Admap, Lauro da Silva.
A Admap vai enviar uma caravana à manifestação na capital. Quem quiser participar, pode se inscrever na sede ou subsedes da entidade. Mais informações podem ser obtidas pelo telefone 3922-1341.