Piso nacional

Sem ganho real, salário mínimo sobe 6,48% e permanece distante de valor necessário

Sem ganho real, salário mínimo sobe 6,48% e permanece distante de valor necessário
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Em janeiro, começou a valer o novo salário mínimo nacional, que passou de R$ 880 para R$ 937. O reajuste, de apenas 6,47%, considera apenas o INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor), sem nada de aumento real.

É a primeira vez, desde 2003, que o mínimo não teve reajuste acima da inflação.

O novo valor segue muito abaixo do necessário para garantir as condições mínimas de sobrevivência dos trabalhadores, aposentados e pensionistas brasileiros.

Segundo o Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos), o salário mínimo necessário deveria ser de R$ 3.856,23 em dezembro – uma diferença de R$ 2.913 do valor vigente.

O Dieese calcula o mínimo necessário mensalmente, levando em conta os gastos de uma família com alimentação, moradia, saúde, educação, vestuário, higiene, transporte, lazer e previdência.

A metodologia para fazer este cálculo leva em conta justamente o que está na lei e não é cumprido pelos nossos governantes. A Constituição Federal de 1988, no capítulo dos Direitos Sociais, define que o salário mínimo deve cobrir as necessidades vitais básicas do trabalhador e de sua família.

O salário mínimo é referência para quase 50 milhões de brasileiros – entre eles aposentados e pensionistas que recebem o piso.