Em entrevista à coluna Mercado Aberto, publicada nesta segunda-feira (15), na Folha de S. Paulo, o economista-chefe do banco Itaú Unibanco, Ilan Goldfajn, defendeu o seu lado.
"As receitas do governo vão demorar a voltar ao que eram. Temos de ter senso de urgência na aprovação das medidas necessárias. Só assim voltaríamos a ter a confiança para a recuperação da economia", disse ao jornal.
"Aprovar medidas estruturais de contenção dos gastos públicos, como limite para os gastos públicos na Lei de Responsabilidade Fiscal e instituir uma idade mínima para a aposentadoria, não só é viável, mas fundamental", acrescentou.
Aos bancos, especificamente, interessa muito a aprovação de uma reforma da Previdência pública que dificulte o acesso do trabalhador à aposentadoria, já que isso abriria um terreno fértil para os planos de previdência privada, muito lucrativos às instituições financeiras.
O Itaú Unibanco lucrou nada menos que R$ 23,3 bilhões no ano passado, o maior ganho da história entre os bancos brasileiros de capital aberto em valores nominais.
Aos trabalhadores, aposentados e pensionistas, só resta organizar a resistência contra os ataques à legislação previdenciária.