Delcídio foi líder do governo Dilma Rousseff e é responsável pela principal acusação contra a petista ao se tornar delator da Operação Lava Jato. O agora ex-senador afirma que Dilma e o ex-presidente Lula atuaram para tentar libertar empreiteiros presos pela Lava Jato.
A principal prova contra o ex-senador no Conselho de Ética do Senado foi a gravação de uma conversa dele com Bernardo Cerveró, filho do ex-diretor da Petrobras Nestor Cerveró, na qual Delcídio promete ajuda financeira à família do ex-executivo da estatal e sugere a ele um plano de fuga do país.
Antes de consumada a cassação, Delcídio ameaçou “abrir a boca” em novo complemento de sua delação, incluindo operações suspeitas de senadores como o presidente Renan Calheiros (PMDB-AL).
Suplente assume
Retrato das distorções do sistema político brasileiro, no lugar do senador cassado quem assumirá é o suplente Pedro Chaves dos Santos Filho, de 75 anos. Trata-se de um empresário milionário, que nunca recebeu um voto sequer.
Ele é dono da quarta maior fortuna declarada entre todos os 81 senadores. Em 2010, Santos Filho declarou à Justiça eleitoral possuir uma fortuna de R$ 69 milhões (valores não atualizados).