As medidas foram aprovadas por uma pequena margem: 153 votos a favor e 144 contrários.
A inconformidade com o plano de contenção de investimentos e cortes nos direitos levou a população a protestar, como vinha acontecendo no último período com a realização de greves gerais. No domingo (8), houve manifestações em vários locais, como na capital Atenas e na segunda maior cidade do país, Tessalônica.
Alguns grupos entraram em choque com a polícia, que revidou lançando bombas de gás contra os manifestantes.
O projeto aprovado pelos parlamentares prevê medidas de austeridade que somam 5,4 bilhões euros ou 3% do Produto Interno Bruto (PIB) do país.
As mudanças incluem a reforma do sistema de aposentadorias. As contribuições dos trabalhadores para a Previdência aumentarão consideravelmente, haverá cortes de benefícios mais elevados e será instaurada uma aposentadoria nacional de 384 euros para quem trabalhou 20 anos.
Nos últimos anos, a economia da Grécia tem sido inviabilizada por rígidos planos de cobrança da dívida pública, impostos pela Troika – que reúne União Europeia, Banco Central Europeu e o Fundo Monetário Internacional.
Assim como no Brasil, o serviço da dívida grego é baseado em ações ilegais e fraudulentas, que serviram para salvar bancos e colocar o preço da conta sobre os trabalhadores e aposentados. Infelizmente, o Syriza, partido de esquerda que prometia combater os ataques impostos pela Troika, sucumbiu à pressão dos credores internacionais.