De um lado, Temer tem intensificado sua campanha pela aprovação das mudanças nas regras previdenciárias, incluido aparições em programas populares, como Silvio Santos e Ratinho.
Já em relação ao Congresso, a situação não é de entusiasmo, já que a matéria não contabiliza os 308 votos necessários para ser aprovada na Câmara dos Deputados.
Segundo o jornal Folha de S. Paulo, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), pretende engavetar o projeto por conta da falta de apoio na Casa. Além disso, Maia estaria inclinado a "transferir o ônus da derrota para o Palácio do Planalto". Segundo a publicação, o presidente da Câmara avalia que o governo gastou boa parte de seu capital político no ano passado para enterrar as duas denúncias contra Michel Temer.
"Enquanto Temer e as lideranças do Congresso batem cabeça, os trabalhadores não podem ficar abaixar a guarda, até porque não devemos ter confiança nenhuma nesses parlamentares corruptos, que, em outras oportundades, já venderam seus votos em troca de cargos e liberação de verbas", afirmou o presidente da Admap, Lauro da Silva.
19 é dia de luta
Em reunião realizada na semana passada, as centrais sindicais brasileiras definiram 19 de fevereiro como Dia Nacional de Luta contra a reforma da Previdência.
A CSP-Conlutas defende que, mais do que um Dia Nacional de Luta, é preciso construir uma nova Greve Geral no país, única forma de derrotar de vez os ataques do governo. Mas, de qualquer forma, jogará peso nas mobilizações do dia 19.