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Temer vai a Programa Silvio Santos defender reforma da Previdência

Temer vai a Programa Silvio Santos defender reforma da Previdência
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Apesar da dificuldade em conseguir os 308 votos necessários para fazer passar a reforma da Previdência na Câmara dos Deputados, o presidente Michel Temer (MDB) não desistiu do projeto que acaba com o direito à aposentadoria de milhões de brasileiros.

Além de continuar as negociatas e o 'toma lá, dá cá' com parlamentares, a estratégia do Palácio do Planalto agora é defender a proposta em programas populares da TV.

Segundo a coluna "Painel", do jornal Folha de S. Paulo, desta segunda-feira (8), Temer vai gravar participações nos programas Silvio Santos e do Ratinho para explicar a reforma -- que impõe idade mínima de 65 anos para homens e 62 para mulheres se aposentarem.

De acordo com o jornal, o presidente acertou os compromissos no último final de semana, em um longo almoço na casa do dono do SBT, em São Paulo. Temer vai gravar entrevistas para os dois programas no dia 18.

Com essa costura, o governo federal utilizará uma concessão pública, no caso a TV aberta, para repetir mentiras (como a de que o sistema da Seguridade Social estaria falido) e fazer terrorismo (dizendo, por exemplo, que, sem a reforma, as futuras gerações correriam o risco de não ter garantido o benefício).

O apoio do dono do Baú da Felicidade à reforma da Previdência não é de se estranhar. Trata-se de um empresário, embora muito identificado com as parcelas mais populares da sociedade, defendendo um ataque aos direitos dos trabalhadores.

Outras emissoras, como Globo e Band, também têm feito campanha sistemática em favor da reforma.

Mobilização
Se o governo Temer colocar em votação a reforma da Previdência é preciso que os trabalhadores brasileiros mostrem a sua força na prática.

"No dia em que eles colocarem para votar, defendemos que as centrais sindicais convoquem uma Greve Geral que paralise o país de ponta a ponta para derrotar a reforma da Previdência e os demais ataques aos direitos dos trabalhadores da ativa, aposentados e pensionistas", afirmou o presidente da Admap, Lauro da Silva.