Assim como no primeiro turno, o texto necessita de um mínimo de 308 votos. No primeiro turno, conseguiu 379.
O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM), quer aprovar a reforma essa semana para enviá-la em seguida ao Senado, onde também passará por duas votações.
Se tem algo que o presidente Jair Bolsonaro e seu governo, a maioria do Congresso, empresários e banqueiros estão unidos é sobre a aprovação dessa reforma.
Isto porque governam para atender seus próprios interesses. Estão se lixando para os trabalhadores e trabalhadores e o povo pobre.
Para tal, adotaram a velha política do toma-lá, da-cá. Para impor o mais duro ataque à Previdência e comprar o voto dos deputados picaretas, somente no mês de julho, Bolsonaro já gastou mais de R$ 3 bilhões através de emendas e destinação de recursos, sem contar a negociata de cargos no governo. Foi assim que aprovaram a reforma em 1° turno no último dia 10.
Ataques
Se aprovado o texto da reforma, teremos o aumento idade para se aposentar: 65 anos (homem) e 62 (mulher), aumentando o tempo mínimo de contribuição para 20 anos (homem) e 15 anos (mulher), com pagamento de apenas 60% do valor a que teria direito; para obter o valor o integral do benefício será necessária a contribuição de 40 anos de (homem) e 35 (mulher); o limite do valor da aposentadoria passará a ser a média de todos os salários e não dos 80% maiores.
Além desses ataques, sofrerão professores, trabalhadores rurais, pensionistas e outros.
As regras de transição para quem está próximo a se aposentar também são duríssimas.
Tudo isso para que o governo economize cerca de R$ 1 trilhão em dez anos nas costas dos trabalhadores. Além do governo lucrarão empresários, o agronegócio e banqueiros, que somada com a desregulamentação do trabalho, terão menos encargos trabalhistas.
Terça é dia de luta
Por tudo isso, esta terça-feira (6) é tão importante. Pressão redobrada sobre os deputados federais, assembleias e protestos em todos os setores e categorias e, nelas, explicaremos os ataques e iremos propor a deliberação de exigência do chamado a uma nova Greve Geral para 13 de agosto, Dia Nacional de Paralisação da Educação.
A CSP-Conlutas já se incorporou à data de luta da educação, que já está sendo convocada por entidades como Andes-SN, Sinasefe e Fasubra da área do ensino técnico e superior e CNTE (Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação).
Quem negocia, trai!
Fazemos um chamado às demais centrais e a todos os sindicatos e movimentos que joguem peso para retomar com força a luta contra a reforma realizando atos e mobilizações neste dia 6, dia de votação na Câmara.
A oposição parlamentar do PT, PCdoB e PDT aposta apenas em negociar pequenas alterações que não impedem o brutal ataque às aposentadorias e facilitam o caminho para Bolsonaro, assim como seus governadores que querem estender a reforma para os estados.
Representantes dos trabalhadores, de qualquer central sindical, não podem participar de nenhum “acordão” a favor do ataque à Previdência. A cúpula dirigente de parte das centrais, como CUT e Força Sindical, se recusou a chamar nova Greve Geral ou um “Ocupa Brasília”, facilitando a primeira aprovação do texto.
Só com luta defenderemos de fato as aposentadorias, a educação e os empregos!
Fonte: CSP-Conlutas