A manifestação, que reuniu cerca de 150 pessoas, foi parte dos atos que ocorrem em todo país no chamado 'Outubro de Luta'.
Um dos destaques da manifestação foram os bonecos infláveis representando a presidente Dilma e o líder do PSDB, senador Aécio Neves, principal representante da oposição de direita ao governo. Os bonecos atraíram a atenção da população e serviram para denunciar que PT, PSDB e outros grandes partidos defendem a mesma política econômica que favorece os grandes empresários e banqueiros.
Com faixas, bandeiras e carro de som, a manifestação teve início na Praça Afonso Pena e percorreu a Rua 15 de Novembro e Avenida São José.
Discursos
No carro de som, representantes de sindicatos e movimentos sociais fizeram duras críticas ao governo e ao Congresso Nacional, que vêm impondo um ajuste fiscal sobre os trabalhadores com retirada de direitos, alta da inflação e dos impostos, corte de investimentos nos serviços públicos, corrupção e desemprego.
“A cada mês, fica mais difícil para as mulheres administrarem o orçamento com o aumento do preço da luz, da água e da comida. Estamos cada vez mais endividadas e, diante desta situação, o governo privilegia os banqueiros e empresários, ao invés de atender os trabalhadores”, afirmou Janaína dos Reis, representante do Movimento Mulheres em Luta.
A crise política e os escândalos de corrupção também foram criticados pelos manifestantes.
“Hoje o governo brasileiro é disputado pelo PT, PMDB e PSDB. Mas nós não vamos cair no jogo de defender qualquer um desses lados que atacam nossos direitos e defendem o ajuste fiscal. Queremos sim que Dilma seja derrubada, mas pelas mãos dos trabalhadores, pela nossa luta. Por isso, precisamos construir uma alternativa a esses partidos, com um programa dos trabalhadores”, afirmou o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos Antônio Ferreira de Barros, o Macapá.
“Os trabalhadores estão encurralados pela corrupção dos políticos, de um lado, e pela retirada de direitos e ajuste fiscal, do outro. A única saída para esta situação é unirmos nossas lutas. Precisamos construir uma grande greve geral que pare o país para derrotar os ataques do governo e da oposição de direita”, defendeu o bancário Wilson Ribeiro, representante da CSP-Conlutas.
A manifestação contou com a participação de metalúrgicos, trabalhadores da alimentação, dos Correios, químicos, professores, condutores, servidores públicos de Jacareí e aposentados.
Atos em outros estados
Em Fortaleza (CE), o ato do Outubro de Luta reuniu mais de 800 trabalhadores e percorreu as ruas do centro da capital. Em Teresina (PI), servidores públicos, professores e estudantes realizam atos descentralizados pela cidade.
As mobilizações devem prosseguir com manifestações em Belo Horizonte (MG), no dia 28, e em Belém (PA), no dia 29.
Fotos: Tanda Melo
Fonte: www.sindmetalsjc.org.br