Entre os vetos que deverão ser apreciados estão os que tratam dos reajustes dos trabalhadores do Judiciário e dos benefícios de aposentados e pensionistas do INSS.
No mês de julho, Dilma vetou a extensão da política de valorização do salário mínimo aos aposentados e pensionistas que recebem acima do piso.
A Admap, Cobap e o movimento sindical combativo defendem a derrubada do veto, que pode garantir, até 2019, ganhos acima da inflação aos beneficiários do Regime Geral da Previdência Social.
A fórmula leva em conta a inflação dos últimos doze meses somada à variação positiva do PIB (Produto Interno Bruto) do penúltimo ano.
Os vetos precisam ser analisados em sessão conjunta, reunindo Câmara e Senado. As últimas três tentativas de votação foram abortadas após desentendimentos entre os presidentes da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), e do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), e o governo Dilma.
A expectiva do Palácio do Planalto é que os vetos sejam mantidos, na contramão dos interesses de aposentados, pensionistas e servidores públicos. Essa previsão se baseia numa virtual "fidelidade" da base aliada após a recente distribuição de cargos de segundo, terceiro e quarto escalões. Em bom português, o velho "toma lá, dá cá".