O presidente da Admap (Associação Democrática dos Aposentados e Pensionistas), Josias de Oliveira Melo, participou da reunião do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) com representantes das centrais sindicais, nesta quarta-feira (18), em Brasília.
Josias, que também representou a direção da Cobap (Confederação Brasileira dos Aposentados, Pensionistas e Idosos), se juntou a centenas de sindicalistas de todo o país que participaram do encontro no Palácio do Planalto.
O presidente da Admap compôs a delegação da CSP-Conlutas, central a qual a Associação também é filiada.
Posição da CSP-Conlutas
A CSP-Conlutas apresentou ao presidente Lula um programa emergencial para o país e posicionou-se contra os atos golpistas da ultradireita, mesmo sem declarar apoio ao governo.
Entre os pontos defendidos pelo membro da Executiva Nacional da CSP-Conlutas, Luiz Carlos Prates, o Mancha, estão a revogação total das reformas trabalhista e da Previdência, o não pagamento da dívida pública, o cancelamento das privatizações da Petrobras e Eletrobras e rumo à adoção do salário mínimo calculado pelo Dieese, que atinge R$ 6 mil atualmente.
Embora seja crítica ferrenha do governo Bolsonaro, a CSP-Conlutas vai manter independência e autonomia diante do governo Lula. Isso significa dar continuidade à organização e mobilização dos trabalhadores em defesa dos direitos. Neste sentido, Mancha apontou o socialismo como única saída para a classe trabalhadora.
“Somente com a mobilização dos trabalhadores seremos capazes de promover as mudanças necessárias, somente com liberdade para lutar, para nos organizar, para criar comitês de luta, teremos um sindicato livre e os trabalhadores poderão organizar seu próprio projeto, o projeto dos trabalhadores”, discursou Mancha.
O encontro com o presidente aconteceu no salão nobre do Palácio do Planalto e reuniu dirigentes de dez centrais sindicais para discussão sobre a política de reajuste do salário mínimo e demandas do movimento sindical.
Pauta dos aposentados
Para Josias, é preciso novos encontros com o presidente para que se exponham as reivindicações dos representantes dos trabalhadores.
"Depois de um governo genocida, que não recebia gente do povo, é um alento participar desse encontro. Mas queremos cada vez mais diálogo, principalmente para apresentarmos as pautas dos aposentados e pensionistas, que têm sido castigados pela perda do poder de compra dos seus benefícios, a precarização da saúde pública e uma série de outras questões", afirmou o presidente da Admap.
