O preço dos remédios aumentou e começa a doer no bolso dos brasileiros, principalmente dos mais idosos, que comprometem uma parcela maior da renda com gastos relacionados à saúde. O reajuste, de 10,89%, foi autorizado pelo governo Jair Bolsonaro, na sexta-feira (1), e atende ao pedido feito pelo Sindusfarma (Sindicato da Indústria de Produtos Farmacêuticos).
A resolução que torna oficial o reajuste foi assinada por Romilson de Almeida Volotão, secretário-executivo da Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos (CMED). A CMED é o órgão interministerial responsável pela regulação econômica do mercado de medicamentos no Brasil, e a Anvisa exerce o papel de Secretaria-Executiva da Câmara.
Na publicação, o argumento utilizado para justificar os 10,89% de reajuste é a inflação de março, que acumulou um percentual de 10,54% de acordo com o IBGE, somada ao “Fator de Ajuste de Preços Relativos entre Setores”, que foi definido pelo Ministério da Economia em 0,35%.
Para a Admap, este aumento vai penalizar ainda mais os aposentados, pensionistas e idosos, que já sofrem com a perda de poder de compra dos benefícios e a escalada da inflação.
"Está cada vez mais difícil chegar até o fim do mês com algum dinheiro. Esse Bolsonaro está destruindo o Brasil, por isso os trabalhadores da ativa e nós, aposentados e pensionistas, precisamos nos organizar para fortalecer uma alternativa que defenda os nossos interesses", disse o presidente da Admap, Lauro da Silva.