Dia 1º de novembro é a data da greve nacional dos caminhoneiros, que reivindica respeito ao piso mínimo para o frete rodoviário, mudança na política de preços da Petrobras e aposentadoria especial para quem tiver ao menos 25 anos de contribuição.
A diretoria da Admap apoia esta mobilização, que está em sintonia com as demandas da classe trabalhadora como um todo, principalmente contra a explosão de preços dos combustíveis sob o governo Bolsonaro.
O movimento é organizado por trabalhadores autônomos e com contrato da CLT (Consolidação das Leis do Trabalho).
Embora o Brasil produza petróleo, a Petrobras pratica, desde 2016, o chamado Preço de Paridade Internacional (PPI), uma manobra para estipular o valor do combustível nacional como se fosse importado. Com isso, a cotação do dólar é levada em conta na aplicação dos preços nas refinarias.
Essa política nefasta distribui bilhões a acionistas estrangeiros enquanto castiga severamente os brasileiros.
Altas acumuladas
No último dia 26, a estatal reajustou em 9,15% o preço do diesel, que já acumula uma alta de 65,3% só este ano. O governo Bolsonaro, em vez de adotar medidas para conter os sucessivos e abusivos aumentos, mantém essa política que vai na contramão dos interesses nacionais.
Segundo uma pesquisa da Fretebras, plataforma de transporte de cargas, mais da metade dos caminhoneiros apoia a greve nacional. Dos 2.023 motoristas que participaram do levantamento, 59% responderam ser a favor da paralisação e 54% disseram que vão aderir ao movimento. Os estados do Norte, Nordeste e Sudeste são os que devem ter mais mobilização.