Governo Milei

Com apoio de torcidas, manifestações de aposentados são duramente reprimidas na Argentina

Com apoio de torcidas, manifestações de aposentados são duramente reprimidas na Argentina
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“É preciso ser muito cagão para não defender os aposentados”, disse Diego Maradona, nos 1990, quando o governo do Carlos Menem (1989-1999) enfrentava uma onda de protestos — incluindo manifestações de aposentados. Hoje, sob a gestão do ultradireitista Javier Milei, esse grupo volta a ser uma das principais vítimas de sua política econômica.

Na última quarta-feira (12), os aposentados tomaram as ruas de Buenos Aires, mas, desta vez com uma grande novidade: o apoio das torcidas organizadas de times de futebol. A frase de Maradona, portanto, voltou a ser inspiração para apoiar os "jubilados".

A mando de Mileu, as manifestações foram duramente reprimidas. As cenas de violência policial geraram forte repercussão e abriram mais uma frente de crise para o presidente argentino — além de deixarem um fotógrafo gravemente ferido. Milei já enfrenta pressões no Congresso devido ao escândalo da criptomoeda que promoveu.

Aposentados sempre protestaram na Argentina, mas agora sua luta está se transformando em uma causa nacional, diante dos severos ataques do governo: Milei alterou a fórmula de cálculo das aposentadorias, que, sob a regra anterior, estariam 27% mais altas; congelou há mais de um ano o bônus mensal de 70 mil pesos (R$ 330), pago junto à aposentadoria mínima de 280 mil pesos (R$ 1.330); restringiu o acesso a medicamentos gratuitos do PAMI (equivalente ao INSS brasileiro) e suspendeu parte da cesta farmacêutica oferecida pelo órgão. Desde sua posse, o custo dessa cesta subiu 373%.

A Admap manifesta todo o seu apoio aos aposentados argentinos. A luta dos trabalhadores é internacional!

Confira vídeo
Vídeo da repressão contra aposentados na Argentina