A reunião da Coordenação Nacional da CSP-Conlutas, realizada de 5 a 7 de novembro, de forma virtual, aprovou as resoluções dos setoriais que compõem a organização da central. As resoluções dos aposentados e pensionistas, discutidas no final do mês de outubro, também foram chanceladas pelos delegados presentes na reunião.
No relatório dos aposentados, além da mobilização contra a "PEC do Calote", houve um balanço sobre os efeitos da pandemia do coronavírus na população mais idosa. "2021 foi um ano de muito sacrifício para nós aposentadas, aposentados e pensionistas, com a maior crise sanitária que a humanidade já presenciou. Continuou tirando milhares de vidas e a comunidade idosa foi a mais prejudicada, mantendo um índice alarmante de vidas perdidas para a covid-19", diz trecho do documento.
O impacto do coronavírus sobre os idosos é realmente incontestável. O Observatório Covid-19, por exemplo, apontou que, de cada 10 mortos pelo vírus, quase sete estavam no grupo dos mais idosos (dados de agosto 2021).
O texto aprovado pela CSP-Conlutas também avalia como positiva a adesão da população à vacinação, apesar da campanha sistemática de Bolsonaro e sua equipe contra a imunização da população: "Contrariando a campanha genocida de Bolsonaro, a população respondeu à campanha de vacinação e, neste sentido, o papel do SUS foi fundamental para diminuir o número de mortes, salvando vidas".
Confira agora um resumo com as principais resoluções definidas no setorial de aposentados e aprovadas na reunião da Coordenação Nacional da CSP-Conlutas:
- Envolver cada vez mais aposentados no calendário nacional de lutas pelo "Fora Bolsonaro", contra os ataques do governo federal e seus aliados nos estados e municípios;
- Verificar quem ainda não fez a aplicação completa da vacina e orientar para que o faça, pois essa é uma obrigação coletiva;
- Continuar a luta pelo pagamento do 14º salário aos aposentados e pensionistas do INSS;
- Lutar para aprovar a auditoria da dívida nos estados;
- Lutar para que o processo judicial da Revisão da Vida Toda, que se encontra parado no Supremo Tribunal Federal, seja favorável aos aposentados;
- Defender um auxílio emergencial de R$ 600, mas sem vinculá-lo à aprovação da PEC do Calote (PEC dos Precatórios);
- Denunciar a proposta do governo de reajustar o salário mínimo abaixo da inflação;
- Continuar a campanha em defesa do SUS;
- Solicitar o retorno do atendimento presencial aos aposentados e idosos nos postos do INSS, garantindo condições sanitárias e concurso público para suprir a falta de servidores;
- Buscar informações sobre os direitos da pessoa idosa que não são cumpridos nos estados e municípios.
Com informações da CSP-Conlutas