Governador eleito de SP

Deputados aprovam aumento de 50% no salário de Tarcísio de Freitas

Deputados aprovam aumento de 50% no salário de Tarcísio de Freitas
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O governador eleito de SP, Tarcísio de Freitas

Em sessão extraordinária, a Alesp (Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo) aprovou, nesta terça-feira (29), o reajuste nos subsídios do governador, vice e secretários estaduais a partir de 2023.

O governador eleito de SP, o bolsonarista Tarcísio de Freitas (Republicanos), seu vice Felício Ramuth (PSD) e secretários começarão o mandato com um aumento de 50% em seus vencimentos, muito acima da inflação.

Do total de parlamentares presentes, 56 votaram sim e apenas seis foram contrários (veja como votou cada deputado). 

Pelo texto, o valor da remuneração do governador passará, a partir do próximo ano, de R$ 23.048,59 para R$ 34.572,89; do vice-governador, de R$ 21.896,27 para R$ 32.844,41; e dos secretários, de R$ 20.743,72 para R$ 31.115,58.

A medida deverá ter efeito cascata, já que o salário do governador é o teto para o funcionalismo e agentes políticos, podendo levar ao aumento nos salários dos próprios deputados estaduais.

PL e PT juntos para aprovar projeto
O aumento foi articulado nas últimas semanas pela base do atual governador Rodrigo Garcia (PSDB) e do bolsonarista Tarcísio, que além dos próprios salários também visam favorecer carreiras como policiais. Mas, os governistas não conseguiram os novos supersalários sozinhos.

A chamada oposição também garantiu votos para as propostas, inclusive o PT. O partido liberou a bancada e 7 dos 10 deputados da sigla deram voto SIM para o aumento.

Apenas seis parlamentares votaram contra: 2 do PSOL, 1 do Novo, 1 do PSDB, do 1 PRTB e 1 do Agir.

A professora e integrante da Secretaria Executiva Nacional da CSP-Conlutas Flávia Bischain denunciou a medida. “Os deputados atuam em causa própria, enquanto os trabalhadores amargam a inflação e os altos preços”, escreveu em sua conta no Twitter.

“Com o aumento, Tarcísio passará a receber um salário de R$ 34,5 mil. Enquanto isso, o piso salarial paulista está em míseros R$ 1.284 e não dá pra nada. Precisamos é de um aumento geral dos salários dos trabalhadores, e não de um aumento do teto pra quem ganha mais”, disse.

Fonte: CSP-Conlutas