Definitivamente, a mamata está longe de acabar. Desde que assumiu a Presidência, Jair Bolsonaro (PL) já gastou R$ 29,6 milhões com cartões corporativos. É a farra desavergonhada com o dinheiro do povo brasileiro.
Até o final de 2021, o presidente gastou 19% a mais do que os quatro anos do mandato de Dilma Rousseff e Michel Temer (2015 a 2018). As informações são do jornal O Globo.
Os valores gastos são o acumulado das faturas de 29 cartões vinculados à Secretaria de Administração da Presidência da República. Os cartões são benefícios para o presidente, seus familiares e auxiliares mais próximos.
Somente no ano passado, os gastos alcançaram cerca de R$ 11,8 milhões, o maior valor registrado nos últimos sete anos.
Férias com dinheiro do povo
No mês de dezembro, os gastos da família Bolsonaro somaram mais de R$ 1,5 milhão, mais de 1.200 vezes o valor do salário mínimo, hoje fixado em R$ 1.212, e montante mais alto para um único mês desde o início do mandato. Neste período, Bolsonaro estava em férias em Santa Catarina, com direito a passeios em barcos, jetskys e parque de diversões.
Esses gastos no cartão corporativo, somados a outros episódios, demostram que a imagem de um presidente simples e longe de privilégios é pura fantasia. Trata-se de pura peça de marketing, que busca enganar os menos atentos.
Além do mais, é um tapa na cara do povo brasileiro, que amarga as implicações de um cenário de crise que parece não ter fim.
Gastos sigilosos
Apesar da gastança, o povo brasileiro é impedido de conhecer o destino dos gastos com o cartão corporativo. As faturas são mantidas sob sigilo baseado no frágil argumento de que "a divulgação dos gastos colocariam o presidente em risco".
Como deputado federal, Bolsonaro era um forte crítico dos gastos com os cartões nas gestões do PT. Apesar de afirmar, ainda durante o seu primeiro ano de mandato que divulgaria os dados das faturas, tais informações nunca foram apresentadas.
Recentemente, ao ser questionado sobre os valores dos cartões, Bolsonaro afirmou que os gastos correspondem a alimentação dos animais do Palácio do Planalto.
Em outra oportunidade, no começo da pandemia, Bolsonaro afirmou que o aumento dos gastos estava relacionado com a repatriação dos brasileiros retidos na China.
Ou seja, é mentira em cima de mentira, tudo para esconder da população os custos da mamata bolsonarista.
"É uma vergonha que, no Brasil em que milhões vivem sem empregos e lutam para colocar comida na mesa, Bolsonaro esbanje o nosso dinheiro e ainda comande um governo que só faz o país andar para trás, em todos os segmentos. Basta de Bolsonaro!", afirmou o presidente da Admap, Lauro da Silva.
