Corte de gastos

Equipe econômica de Lula estuda reduzir benefícios do INSS

Equipe econômica de Lula estuda reduzir benefícios do INSS
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Sede do INSS, em Brasília (foto: Agência Brasil)

Pressionada pelo monstro que criou (de querer "cortar gastos" sem mexer no principal rombo, os juros e amortizações pagos aos banqueiros), a equipe econômica de Lula passou a propor, nos corredores de Brasília, redução nos valores de benefícios do INSS.

Estariam na mira o auxílio-doença, o auxílio por acidente de trabalho e o auxílio-reclusão (pago a dependentes de presos em regime fechado).

As informações são do jornal O Globo.

Uma das ideias da equipe de Fernando Haddad (ministro da Fazenda) é desvincular esses benefícios dos reajustes do salário mínimo – que recebe pequenos aumentos reais, em virtude da política do atual governo.

Na prática, essa desvinculação reduziria os benefícios com o passar dos anos, prejudicando os trabalhadores.

A decisão final caberá ao presidente Lula, diz o jornal.

Confira os benefícios na mira:

  • Auxílio-doença (na verdade, o nome atual é "auxílio por incapacidade temporária"): benefício devido ao segurado do INSS que comprove, em perícia médica, estar incapacitado temporariamente para o trabalho ou sua atividade habitual por mais de 15 dias consecutivos em decorrência de doença ou acidente;

  • Auxílio-acidente: benefício de natureza indenizatória pago ao segurado do INSS quando, em decorrência de acidente, apresentar sequela permanente que reduza definitivamente sua capacidade para o trabalho. Apesar de seu caráter, é uma indenização que não impede o segurado de continuar trabalhando;

  • Auxílio-reclusão: apesar de muito preconceito (por vezes, fruto de desconhecimento), é um benefício muito importante e que centra foco nos familiares do segurado de baixa renda que esteja cumprindo prisão em regime fechado.

Governo pensa onde atacar
O foco nestes benefícios (alguns deles, temporários) seria justificada pela avaliação de governistas de que desvincular as aposentadorias e pensões do salário mínimo seria muito mais complicado, embora esse tema, entra governo e sai governo, sempre volte a atormentar os beneficiários da Previdência Social.

Outro corte na mira de Haddad são os investimentos mínimos obrigatórios nas áreas de Saúde e Educação. Novamente, uma medida que já surgiu em governos anteriores. Aqui, escancara-se o risco de sucateamento ainda maior nestas áreas vitais para a população.