A fila de perícias médicas do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) ultrapassou mais de 1 milhão de agendamentos, segundo informações do Ministério do Trabalho e Previdência. Ao todo, 1.008.112 segurados esperam para ser atendidos por um médico.
O número de perícias inclui todos os tipos de benefícios que necessitam de avaliação pericial para serem concedidos. Na lista, estão auxílio-acidente, auxílio por incapacidade temporária (antigo auxílio-doença), e aposentadoria por incapacidade permanente (antiga aposentadoria por invalidez), pagos a quem tem alguma incapacidade para o trabalho.
Há ainda outros benefícios, como BPC (Benefício de Prestação Continuada), aposentadoria da pessoa com deficiência e aposentadoria especial, entre outros, que necessitam da análise de um médico.
A espera para conseguir um atendimento também é longa e está em cerca de 60 dias.
Há poucas semanas, o número de cidadãos à espera de atendimento estava em torno de 780 mil, mas, com o início da greve dos peritos, que na sexta-feira (29) chegou a 31 dias, o quadro se agravou. Mas é bom ter consciência de que isso é responsabilidade do governo Bolsonaro, que se mantém intransigente diante da pauta dos peritos.
Entre as reivindicações da categoria estão reposição salarial de 19,9% —o governo oferece reajuste de 5% a todos os servidores—, melhores condições de trabalho, com todos os profissionais fazendo atendimentos presenciais e sem nenhum deles "fora da agenda de atendimentos" e concurso público para regiões do país onde é necessário mais profissionais.
Para a Admap, toda essa situação, que prejudica e castiga os brasileiros, é culpa da gestão desastrosa conduzida pelo presidente Jair Bolsonaro.
"Pouco a pouco, eles tão destruindo a Previdência, desviando recursos e reduzindo o número de servidores que atendem a população. Isso gera filas e prejudica os segurados, além de criar uma insatisfação generalizada que, entre outras coisas, prepara o terreno para virem com a ideia de privatização da Previdência. É um plano sujo", disse o vice-presidente da Admap, Josias de Oliveira Melo.