O salário mínimo necessário para atender uma família com dois adultos e duas crianças deveria ter sido de R$ 5.997,14 em janeiro. É o que mostra a Pesquisa Nacional da Cesta Básica de Alimentos divulgada nesta segunda-feira (7) pelo Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos).
O valor é 4,95 vezes maior que o piso nacional vigente, que é de R$ 1.212.
Todos os meses, o Dieese estima qual seria o salário mínimo necessário para suprir as despesas de um trabalhador e da família dele com alimentação, moradia, saúde, educação, vestuário, higiene, transporte, lazer e previdência, conforme prevê a Constituição brasileira.
Em dezembro, o valor ficou em R$ 5.800,98, levando em conta a cesta básica mais cara do país, que naquele mês foi a de São Paulo. O resultado de janeiro representa um aumento de 3,4% em relação ao valor de dezembro.
Segundo o Dieese, a alta foi puxada pelo preço dos alimentos básicos em 16 das 17 capitais onde o departamento faz o levantamento. Os maiores aumentos registrados foram em Brasília (6,36%), Aracaju (6,23%), João Pessoa (5,45%), Fortaleza (4,89%) e Goiânia (4,63%).
Em números absolutos, São Paulo foi o local onde a cesta básica apresentou maior custo, de R$ 713,86. A capital paulista é seguida por Florianópolis (R$ 695,59), Rio de Janeiro (R$ 692,83), Vitória (R$ 677,54) e Porto Alegre (R$ 673,00).
Entre as cidades do Norte e Nordeste, onde a composição da cesta é diferente das demais capitais, os menores valores médios foram observados em Aracaju (R$ 507,82), João Pessoa (R$ 538,65) e Salvador (R$ 540,01).
Com informações do UOL