Terça-feira (13) será um dia de mobilizações contra a proposta de novo arcabouço fiscal do governo Lula e contra o projeto que estabelece o marco temporal para a demarcação de terras indígenas.
As duas propostas tramitam no Senado e a pressão é para acelerar ainda neste mês de junho a votação das medidas, que representam graves ataques ao povo brasileiro.
O dia de luta contará com atividades em Brasília (DF), organizadas pelo Fonasefe (Fórum Nacional das Entidades Nacionais dos Servidores Públicos Federais) e atos em capitais e cidades país afora.
Em Brasília, os servidores começam a pressão sobre os parlamentares ainda na chegada no aeroporto da capital federal, e ao longo do dia haverá atividades que marcarão o relançamento da Frente Parlamentar Mista em Defesa do Serviço Público e um ato no Senado, às 14 horas.
Em São Paulo, tem ato às 17 horas, em frente ao MASP. Convocam a atividade a CSP-Conlutas, Unidade Classista, FNL, Unidos pra Lutar, Fenasps, Sindsef-SP, Sintrajud-SP, Sinsprev, PSTU, PCB, CST, MRT, POR e Revolução Socialista.
No Rio de Janeiro, tem protesto marcado para as 16 horas, no Buraco do Lume, no centro da capital carioca, convocado também pela CSP-Conlutas juntamente com outras entidades e sindicatos.
Em Belém (PA), a atividade está marcada para as 9 horas, em frente ao CAN (Centro Arquitetônico de Nazaré).
Em Belo Horizonte (MG), tem manifestação marcada para às 16h30, na Praça Sete.
Em São José dos Campos (SP), a CSP-Conlutas Vale do Paraíba, Sindicato dos Metalúrgicos, Sindicato dos Químicos, Unidos pra Lutar, PSTU, PCB, UP, Revolução Socialista e UJC estão convocando ato para as 17 horas, em frente à antiga Câmara Municipal, na Praça Afonso Pena.
Plenárias organizam luta
A CSP-Conlutas e entidades filiadas, junto a outras organizações da classe trabalhadora, tem realizado plenárias sindicais e populares, com o objetivo fortalecer a luta contra estes e outros ataques.
A primeira delas foi realizada em SP, no último dia 1°, e reuniu representantes de sindicatos, movimentos sociais, de luta por moradia e estudantil, além de partidos políticos, como o PSTU e PCB, e outras correntes de organizações políticas.
No último dia 7, entidades de Minas Gerais também realizaram plenária.
No discurso em comum, há a necessidade de lutar com independência de classe frente ao governo Lula que, nos seis primeiros meses de gestão, já tomou medidas contrárias aos interesses da população, como o novo arcabouço fiscal que representa um brutal arrocho no Orçamento público para favorecer interesses de banqueiros e especuladores do mercado financeiro.
O arcabouço fiscal irá reduzir investimentos no setor público, incluindo saúde e educação.
Já o marco temporal significa um dos maiores ataques aos direitos dos povos indígenas e compromete a demarcação das terras, podendo tornar até mesmo inviável centenas de processos em andamento.
Após o dia 13, o objetivo é realizar outras plenárias para definir a continuidade do calendário de luta. O objetivo é buscar avançar e intensificar a luta contra o arcabouço fiscal e o Marco Temporal.
Com informações da CSP-Conlutas